Sabia que uma fratura da Clavícula representa 4% de todos os tipos de fratura e 35% de todas as lesões no ombro?

Sabia que uma fratura da Clavícula representa 4% de todos os tipos de fratura e 35% de todas as lesões no ombro?
23.10.2023

A clavícula faz a ligação entre o braço e o tórax e ajuda a estabilizar o ombro e o braço enquanto se movem. A fratura da clavícula é uma lesão comum no ombro, representando 4% de todos os tipos de fratura e 35% de todas as lesões no ombro (Postacchini, Gumina, De Santis, Albo 2002; Nordqvist, Petersson, Redlund-Johnell 1994).

A lesão é mais frequentemente causada por trauma, resultando de golpe direto no ombro ou uma de queda. Ocorre com mais frequência em homens jovens com menos de 20 anos, como resultado de uma lesão desportiva ou de queda em populações com idades mais avançadas. (Kotelnicki 2006; Lazarus 2001).

A fratura da clavícula geralmente pode ser diagnosticada através de observação clínica por um profissional de saúde onde será avaliado cuidadosamente o local da lesão, verificando deformidades, sensibilidade e amplitude de movimento. Em alguns casos, exames de imagem, como radiografias, podem ser realizados para confirmar o diagnóstico e avaliar a extensão da fratura. As radiografias fornecem imagens detalhadas do osso, auxiliando na determinação do plano de tratamento adequado (Postacchini, Gumina, De Santis, Albo 2002; Nowak, Holgersson, Larsson, 2004).

O tratamento para fraturas da clavícula varia dependendo da gravidade da lesão. O tratamento não cirúrgico é frequentemente recomendado para fraturas com deslocamento e alinhamento mínimos. Isso geralmente envolve imobilização usando uma sling ou uma manga de suporte para manter o ombro e o braço numa posição estável. A Fisioterapia, é considerada um tratamento não cirúrgico e, no decorrer das sessões são controlados os sinais inflamatórios e realizados exercícios para ganho de amplitude articular e de força muscular (Robinson et al., 2013).

Nos casos em que a fratura está significativamente deslocada ou o osso se fraturou em vários fragmentos, a cirurgia pode ser necessária. A intervenção cirúrgica envolve o realinhamento dos segmentos ósseos fraturados usando placas, parafusos ou pinos para estabilizar a clavícula. Esta abordagem permite um melhor controlo da posição do osso durante o processo de cicatrização e pode levar a um tempo de recuperação mais rápido (McKee, Wild, Schemtisch & Wirth, 2008).

O período de recuperação das fraturas da clavícula varia de acordo com a gravidade da lesão e o método de tratamento escolhido. As fraturas não tratadas cirurgicamente podem levar cerca de 6 a 12 semanas para cicatrizar, enquanto as fraturas tratadas cirurgicamente podem exigir um tempo de recuperação um pouco mais longo. Durante o processo de cicatrização, é essencial seguir os conselhos dos profissionais de saúde tanto em relação à recuperação e aos exercícios terapêuticos, bem como às restrições de atividade para promover a cicatrização óssea ideal e recuperação da função total do ombro (Robinson et al., 2013).

As fraturas da clavícula são lesões comuns que podem afetar significativamente a qualidade de vida do indivíduo. Compreender as causas, sintomas e opções de tratamento para fraturas da clavícula é crucial para o tratamento e recuperação adequados. É importante seguir as orientações dos profissionais de saúde e participar ativamente no processo de reabilitação para garantir o melhor resultado possível e restaurar a função total da articulação do ombro (McKee, Wild, Schemtisch & Wirth, 2008).

 

Referências:

Postacchini F, Gumina S, De Santis P, Albo F. Epidemiology of clavicle fractures. J Shoulder Elbow Surg. 2002 Mar-Apr;11(2):452-6. doi: 10.1067/mse.2002.122734. PMID: 11922735.

Nowak J, Holgersson M, Larsson S. Can we predict long-term sequelae after fractures of the clavicle based on initial findings? A prospective study with nine to ten years of follow-up. J Shoulder Elbow Surg. 2004 Jul-Aug;13(4):479-86. doi: 10.1016/j.jse.2004.02.012. PMID: 15220873.

Nordqvist A, Petersson CJ, Redlund-Johnell I. The incidence of fractures of the clavicle. Clin Orthop Relat Res. 1994 Apr;(300):127-32. PMID: 8156580.

Rangan A, Handoll H, Brealey S, et al. Surgical vs nonsurgical treatment of adults with displaced fractures of the proximal humerus: the PROFHER randomized clinical trial. JAMA. 2015 Mar 10;313(10):1037-47. doi: 10.1001/jama.2015.1629. PMID: 25756441.Parte superior do formulário

Kotelnicki, J. J., Bote, H. O., & Mitts, K. G. (2006). The management of clavicle fractures. Jaapa19(9), 50-56.Parte inferior do formulário

McKee, M. D., Wild, L. M., Schemitsch, E. H., & Wirth, M. A. (2008). The Clavicle Trial: A Multicenter Randomized Controlled Trial Comparing Operative with Nonoperative Treatment of Displaced Midshaft Clavicle Fractures. Journal of Bone and Joint Surgery, 90(3), 1-8.

Robinson, C. M., Goudie, E. B., Murray, I. R., Jenkins, P. J., Ahktar, M. A., Read, E. O., & Foster, C. J. (2013). Open Reduction and Plate Fixation Versus Nonoperative Treatment for Displaced Midshaft Clavicular Fractures: A Multicenter, Randomized, Controlled Trial. Journal of Bone and Joint Surgery, 95(17), 1576-1584.

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