Síndrome Dupuytren

A síndrome de Dupuytren, também conhecida como contratura de Dupuytren, é um enrijecimento progressivo das bandas de tecido fibroso (fáscias) no interior das palmas das mãos, levando à flexão de um ou mais dedos, sendo que afeta principalmente o 4º e 5º dedos.

Esta condição não costuma causar dores e apresenta um desenvolvimento lento, sendo que começa normalmente com um pequeno nódulo na palma da mão e, com o tempo, a área afetada torna-se mais rígida, acabando por restringir movimentos dos dedos e afetando nas atividades de vida diária.

A causa desta síndrome é desconhecida, embora várias teorias sugiram uma predisposição genética, fatores ambientais, tendo uma maior incidência em pessoas de origem Celta. Alguns fatores de risco incluem o envelhecimento, indivíduos do sexo masculino, hábitos tabágicos e determinadas condições médicas, como a Diabetes e a epilepsia. A prevalência aumenta com a idade, afetando aproximadamente 20% das pessoas com mais de 65 anos.

As opções de tratamento vão desde métodos conservadores a intervenções cirúrgicas, dependendo da gravidade da contratura. Os tratamentos conservadores incluem fisioterapia, talas e injeções de corticosteróides para reduzir a inflamação e aliviar os sintomas. O tratamento cirúrgico, conhecido como fasciectomia ou fasciotomia percutânea por agulha, envolve a remoção ou divisão do tecido afetado para restaurar a mobilidade dos dedos.

Dentro das intervenções cirúrgicas a fasciectomia tem um tempo de recuperação de 4-12 semanas e há um menor risco de recidiva. Por outro lado, a fasciotomia percutânea por agulha tem um tempo de recuperação menor (até 2 semanas), mas um maior risco de recidiva.

Os recentes avanços nas técnicas minimamente invasivas reduziram os tempos de reabilitação e melhoraram os resultados. Independentemente da abordagem de tratamento optada, exercícios de reabilitação e a fisioterapia são cruciais para um aumento da mobilidade e força.

Da autoria da nossa fisioterapeuta Bárbara Gonçalves

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