Rutura Distal do Bicípite

Rutura Distal do Bicípite
19.07.2024

Sentiu uma sensação de rasgo e dor súbita e intensa na parte superior do membro superior e no ombro ou perto do cotovelo? Pode ser uma rutura distal do bicípite

O tendão distal do bicípite insere-se no rádio, no antebraço, dando a este músculo as funções de flexão do cotovelo e de supinação do antebraço, isto é, virar a palma da mão para cima. Deste modo, a rutura do mesmo dificulta essas mesmas ações e limita as atividades da vida diária.

Esta lesão é mais comum em jovens ativos, praticantes de desporto e em indivíduos entre a 4ª e a 6ª décadas de vida, onde a prevalência de tendinopatias é maior. A incidência desta lesão é maior em indivíduos que participem em desportos de contacto e naqueles que consumam esteróides anabólicos. Levantar pesos, fumar e índice de massa corporal (IMC) elevado são também considerados fatores de risco para a rutura distal do bicípite.

A rutura do bicípite é caraterizada por provocar sintomas, tais como, dor na região anterior do cotovelo, sensação de um “pop” no momento de rutura, edema e fraqueza na flexão do cotovelo e na supinação do antebraço. Consoante o grau de lesão, poderá existir equimose (nódoa negra) na zona da lesão e antebraço e alterações na morfologia do próprio músculo.

O diagnóstico imagiológico serve para justificar os achados clínicos descritos anteriormente. Apesar da ressonância magnética ser o “gold standard” neste tipo de lesões, a ecografia permite também um diagnóstico fiável e com menores custos.

O tratamento desta condição pode ser via conservadora ou cirúrgica, consoante o grau de lesão e do estilo de vida do indivíduo. Em casos de rutura total, ou rutura de mais de 50% das fibras, é recomendado o tratamento cirúrgico a fim de reinserção o tendão, visando uma otimização da sua funcionalidade, após um período de reabilitação pós-operatória.

Nestas condições, a fisioterapia é essencial tanto no processo pré-operatório, como no pós-operatório, reduzindo os fatores inflamatórios e as dores e garantindo maiores níveis de força e funcionalidade de todo o membro superior.

 

Da autoria do nosso fisioterapeuta João Pedro Andrade

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