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Cerca de 2 terços das fraturas da cabeça do radio são causadas por quedas. Sabia?
A fratura da cabeça do rádio é uma das lesões mais comuns no cotovelo, frequentemente resultante de quedas sobre a mão.
Estas fraturas podem ter variados graus de gravidade, desde fissuras até fraturas com deslocamento ósseo significativo, que comprometem a estabilidade e a função da articulação do cotovelo. A cabeça do rádio desempenha um papel crucial na mobilidade e estabilidade do cotovelo, pois atua como uma superfÃcie de contacto para a rotação do antebraço, facilitando os movimentos de pronação e supinação.
Segundo a literatura ciêntifica, a abordagem inicial de diagnóstico desta patologia inclui exame de imagem, como a radiografia, que permitirá confirmar e avaliar a extensão da lesão. Contudo em casos mais complexos, a tomografia computadorizada pode ser necessária para uma avaliação mais detalhada. O tratamento pode variar desde a imobilização conservadora em fraturas não deslocadas até a intervenção cirúrgica, como a redução aberta e fixação interna (RAFI) ou até em casos mais graves a substituição da cabeça do rádio.
O papel da fisioterapia na fratura da cabeça do rádio é fundamental para a recuperação funcional e a minimização de sequelas. A fisioterapia inicia-se com foco na gestão da dor, controlo do edema e manutenção das amplitudes articulares, fundamentalmente nas fases iniciais pós-trauma.
O objetivo terapêutico é restaurar a amplitude de movimento, a força e a funcionalidade do cotovelo, com ênfase nas articulações adjacentes, como o ombro e o punho, que podem ser afetadas devido à imobilização prolongada ou pela dor. Além disso, programas de reabilitação progressiva visam melhorar a função motora e prevenir complicações futuras como rigidez articular e atrofia muscular.
A literatura recente indica que a fisioterapia, aliada a um tratamento adequado da fratura, contribui significativamente para a recuperação funcional completa do paciente, reduzindo o risco de lesões crónicas e melhorando a qualidade de vida pós-trauma. A personalização e individualização do tratamento, tendo em conta sempre a gravidade da fratura e as necessidades individuais do paciente, é crucial para o sucesso da reabilitação.
Em suma, a fisioterapia desempenha um papel essencial na recuperação de fraturas da cabeça do rádio, ajudando a restaurar a função do cotovelo, reduzir as complicações associadas à fratura e promover uma recuperação funcional rápida e eficaz.
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Causas
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Principal Sintomas
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Diagnóstico
O diagnóstico desta patologia é essencialmente clÃnico baseado numa correta interpretação do historial clÃnico do paciente em testes especÃficos realizados durante o exame fÃsico e em exames de imagem, sendo o raio-x o exame inicial para avaliar a fratura, em que é possÃvel indentificar fraturas simples ou deslocadas. Em casos mais complexos, ou quando a fratura não é claramente visÃvel no raio-x, pode ser solicitada uma tomografia computadorizada para melhor caracterização.
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Tratamento
O tratamento de uma fratura da cabeça do rádio depende do tipo e da gravidade da fratura, sendo a reabilitação crucial para restaurar a função do cotovelo. A fisioterapia pode ser essencial para recuperar a força, flexibilidade e mobilidade do membro superior, especialmente em casos em que foi necessária cirurgia. É importante que qualquer plano de tratamento seja adaptado às necessidades e à gravidade de fratura.
Numa fase inicial, nos primeiros dias/semanas após a fratura, o objetivo do tratamento passa por controlar a dor e prevenir complçicações associadas, onde são utilizadas técnicas de terapia manual suave ou eletroterapia (TENS) e mobilização passiva. Quando o osso começa a cicatrizar, o fisioterapeuta pode realizar movimentos na articulação do cotovelo, sem esforço ativo do paciente, de modo a promover a mobilidade articular. A terapia com calor pode também ser usada nesta fase para melhorar a circulação sanguÃnea e relaxar as estruturas musculares da região afetada.
Após esta fase quando a fratura começa a cicatrizar, e a imobilização é removida, ou após uma cirurgia de fixação, (caso tenha sido necessário), damos inÃcio à fase intermediária em que o foco é melhorar a amplitude de movimento e reduzir a rigidez articular onde são utilizadas técnicas como:
Após a cicatrização óssea e melhorada a amplitude de movimento na fase avançada, o foco é restaurar a força e a função, permitindo que o paciente retorne às atividades diárias e desportivas com o objetivo de recuperar a força muscular e a funcionalidade articular, são utilizadas técnicas como:
Considerações Importantes
É importante que a fisioterapia seja individualizada, levando em consideração o tipo e a gravidade da fratura, o nÃvel de dor, e as metas funcionais do paciente. O acompanhamento regular com o médico ortopedista também é essencial para garantir que a recuperação está ocorrendo adequadamente.
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Conclusão
Esta patologia, fratura da cabeça do rádio, embora comum, continua a ser uma área alvo de pesquisa e avaliação contÃnuas. O retorno à s atividades desportivas ou de alto impacto só deve ocorrer quando o paciente estiver assintomático e com Ãndices de força e resistências adequados. O acompanhamento contÃnuo com um Fisioterapeuta é essencial para monotorizar a progressão e garantir a reabilitação completa bem como reduzir ao máximo a possibilidade de recidivas.
Esta informação é meramente elucidativa e não se destina a substituir a avaliação correta da parte de um profissional de saúde, pelo que se tiver algum destes sintomas acima referidos e suspeitar que tem uma fratura da cabeça do rádio, deve sempre procurar aconselhamento de um médico especializado.
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Artigo da autoria do fisioterapeuta João Cardoso
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Referências: