Desatento, irrequieto ou desmotivado?

Sabe qual a importância do despiste de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA) na Infância?

Numa sociedade tão evoluída, repleta de azáfama e afazeres, sobra pouco tempo para as nossas crianças. Elas vêem-nos sempre a correr de um lado para o outro, jantamos a correr, dormimos a correr! O nosso dia-a-dia é cada vez mais preenchido com estímulos e as crianças funcionam como esponjas, por isso, não é difícil encontrarmos crianças super elétricas e desafiadoras.

Na Escola tem dificuldade em concentrar-se. Em casa, não despende muito tempo numa só tarefa e é desorganizado. Com os amigos, fala excessivamente e não consegue esperar pela sua vez. É comum surgir de imediato a questão “Será que temos um filho Hiperativo?!”. Para um bom diagnóstico, é fundamental fazer-se uma avaliação holística que permita compreendermos de forma exata se a criança efetivamente reúne os critérios para apresentar Hiperatividade com Défice de Atenção.

Neste enquadramento, urge a adoção de estratégias de intervenção adequadas, de forma a minimizar o impacto da mesma na vida escolar e social da criança. Não obstante, tais comportamentos poderão mascarar outra fragilidade de nível socioemocional e não serem compatíveis com uma Perturbação do Neurodesenvolvimento, como é o caso da PHDA. Podemos estar perante uma criança permanentemente desatenta porque está desmotivada. Ou uma criança super agitada que só precisa de mais limites.

Perante estas dúvidas, os pais podem sempre procurar um especialista na área da Psicologia e aconselhar-se acerca da necessidade de avaliação e intervenção. Nestas situações, quanto mais cedo a criança for observada e intervencionada, menor será o custo ao nível da sua perceção de autoestima e de autoeficácia.

Dra. Cláudia Branco

Psicóloga Educacional